quarta-feira, 23 de julho de 2008

A gente vai continuar - Jorge Palma

Tira a mão do queixo não penses mais nisso
o que lá vai já deu o que tinha a dar
quem ganhou ganhou e usou-se disso
quem perdeu há-de ter mais cartas p´ra dar
E enquanto alguns fazem figura
outros sucumbem à batota
chega a onde tu quiseres
mas goza bem a tua rota

Enquanto houver estrada p´ra andar
a gente não vai parar
enquanto houver estrada p´ra andar
enquanto houver ventos e mar
a gente vai continuar
enquanto houver ventos e mar

todos náo pagamos por tudo o que usamos
o sistema é antigo e não poupa ninguém
somos todos escravos do que precisamos
reduz as necessidades se queres passar bem
que a dependência é uma besta
que dá cabo do desejo
a liberdade é uma maluca
que sabe quanto vale um beijo

segunda-feira, 21 de julho de 2008

sou existencialista em excesso e fico muito angustiada com a fragilidade e a compreensão dos ciclos da vida e da sua aleatoriedade, fico com alguma estranheza.
Como é que as pessoas da nossa vida vão mudando tanto em torno e em face apenas de circunstâncias?afinal o k é k é mesmo importante?e é importante que as coisas sejam importantes?somos dados aleatórios
somos circunstâncias
aquela e não outra
eu percebi que luto para fazer luta às circunstânciaseu percebi ontem que parte da minha estabilidade passa por esta luta de não deixar que as circunstâncias alterem o meu rumo, ou me imponham seja o que for.
as circunstâncias são imensas, são violentas rápidas impositivas tramadas.
detesto pensar que vou na onda, seja ela qual for, ou que estou sem saber muito bem porquê ou com quem.
e isto de saber sempre o porquê de tudo será importante?bem, saudável não é muito.
mas esta reflexão sobre o aleatório dava uma tese de doutoramento.
somos mesmo fruto do aleatório.
começa mesmo no sítio onde se nasce.
Acaso - é um substantivo com uma força inusitada!
Tudo é Acaso. As Opções Conscientes são violentas formas de lhe resistir, de nos impormos aos seus caprichos.
cada vez mais percebo porque é que o que permanece são os vínculos e não as comparências. Porque as comparências podem ou não ser fruto do acaso e os vínculos são fruto sempre das opções conscientes.
Catarina

terça-feira, 8 de julho de 2008